sexta-feira, 24 de julho de 2009

Rede Municipal de Ensino de Simão Dias:

INDICATIVO DE GREVE!
Os professores da Rede Municipal de Ensino de Simão Dias-SE, reunidos em Assembléia na manhã desta quinta-feira, dia 23 de julho, deliberaram, entre outras coisas, o indicativo de greve desta categoria a partir do dia 29 deste mês.
Durante a Assembléia os professores fizeram uma avaliação de todo o processo de negociação e da reunião realizada pela Administração na última quarta-feira, dia 22, com a categoria, cuja pauta foi o Piso Salarial.
Os professores avaliaram que apesar de hoje perceberem que talvez tenham sido enganados ao ter cedido a tantos prazos e fazer tanto esforço para compreender e se adequar a realidade do município e, no final, ouvir do prefeito e do secretário que a nossa proposta é a melhor, que não concorda com a concessão dos 2/3 do Piso apenas para o ensino médio, mas é o que vai aplicar. Para a categoria essa administração, no que diz respeito à educação, tem cometido uma contradição atrás da outra. Apesar disso, os professores sentem-se tranqüilos por que acreditam que percorreram o caminho mais prudente: estiveram abertos ao diálogo, fizeram concessões, aguardaram os prazos pedidos e, o tempo todo, confiaram que a administração de fato tinha como objetivo garantir o direito dos docentes.
Entretanto, na última reunião com todos os professores, o entendimento da categoria é o de que a os atuais gestores revelaram-se de forma autoritária e desrespeitosa com essa classe. Além de manchar as páginas da história de conquistas que eles próprios ajudaram a construir enquanto foram militantes do Sintese.
Entre as coisas que mais irritaram os professores na referida reunião estão:
 O julgamento feito pelos gestores quanto às manifestações públicas da categoria, quando insinuou terem sido desnecessárias e irresponsáveis;
 A maquiagem feita quanto as reais causas das dificuldades financeiras do município e, em contrapartida, a responsabilização atribuída aos professores em estágio probatório (especialmente os que vieram de Aracaju) quanto ao aumento da folha de pagamento e, por serem, segundo o secretário de Educação, os principais agitadores que insuflam o movimento;
 A pressão psicológica ao usarem o discurso de que, para pagar o piso teriam que fazer demissões, inclusive de efetivos, a começar pelos que estão em estágio probatório;
 A tentativa de dividir a categoria ao anunciar que vai, ainda este mês, pagar os 2/3 do Piso aos professores de nível médio. O que é também uma enorme contradição para quem diz preservar os direitos dos professores;
 A forma autoritária com que foi conduzida a reunião, onde apenas expuseram a sua fala e não abriram espaço para que os professores pudessem falar e tirar as suas dúvidas e, pior ainda, quando esse espaço foi solicitado pelos representantes da categoria, foi imediatamente negado com a justificativa de que aquele era um momento da Administração.

Os professores entendem que o canal de negociação que se pensou ter, na verdade, para a administração, foi apenas uma forma de ganhar tempo e sensibilizar os professores para assumirem a conta das irregularidades cometidas neste município ao longo do tempo e que impedem o cumprimento do Piso Salarial, que é importante frisar, não é um pedido do Sintese, mas uma Lei Federal.
Portanto, é fundamentando-se em tais considerações, que os professores reunidos na Assembléia do dia 23 de julho, deliberaram pelo indicativo de greve a partir do dia 29, quando se inicia o segundo semestre letivo com o seminário promovido pela Secretaria de Educação, caso até lá não haja nenhuma outra proposta da Administração Municipal. Além disso, nesse período estarão mobilizando a sociedade de modo geral e, para tanto, realizarão atos públicos. Também buscarão junto a assessoria do Sintese uma definição jurídica quanto a concessão dos 2/3 apenas para os professores de ensino médio, uma vez que além de dar tratamento diferenciado a mesma categoria, também rasga toda a carreira do magistério público deste município.
Assim, essa categoria conta com a compreensão e apoio de toda a sociedade simãodiense. E, aos colegas professores, a certeza de que se faz necessário “lutar sempre pelo bom, pelo justo e pelo melhor do mundo”.

Sintese: SOMOS MUITOS, SOMOS FORTES!






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