quarta-feira, 6 de junho de 2012

Greve continua e professores realizam enterro do Governo Déda
Autor // SINTESE
AGENDA_DE_ATO_enterro
Reunidos em uma assembleia lotada os professores da rede estadual de ensino decidiram manter a greve.
Uma nova assembleia acontecerá na próxima terça-feira(12/6), às 9h.
Os professores também marcaram uma grande ato simbólico, o Enterro do Governo Déda, além de diversas atividades para os próximos dias. Veja abaixo.

AGENDA DE LUTA

(8/6)Sexta, (9/6)Sábado e (10/6)Domingo - Colagem de adesivos nos pontos movimentados de Aracaju pela manhã e tarde.
11/6 - 09h - Vigília na Assembleia Legislativa a partir das 14h.
12/6 - 09h - Assembleia dos Professores da Rede Estadual no Instituto Histórico e Geográfico em Aracaju. 12/6 - 10h - Enterro do GOVERNO DÉDA
Cordel do Coronel que maltrata os professores 
 Autor // Maria Bonita

Prezado Governador
Choro sangue no papel,
Quando assisto entristecido
O seu risível papel,
Maltratando o professor
Como faz um Coronel...

Fico aqui me perguntando,
Simples pobre “pensador”,
O que leva um governante
A causar tamanha dor
Ao pobre que está lutando
Contra um grande Ditador...

Procuro uma só razão
Capaz de justificar
Essa tua intransigência,
Teu prazer em maltratar
A quem tem a obrigação
De a nação toda educar...

Um direito garantido
Não pode ser violado,
O aumento ao professor
Deve ser negociado,
O PT é o teu partido,
Não teu trono coroado...

A mentira , "caro amigo",
Pernas curtas deve ter,
Pois o piso é Nacional,
Disso tu deves saber,
Não transforme em inimigo
Quem sustenta o teu poder...

Ouça ao pobre do poeta
Que canta com devoção,
Alertando ao soberano
Sobre a força da nação,
Não haja como um pateta
Teu destino é a solidão...

Não maltrates nosso povo,
Sobretudo o professor,
Ele sabe como agir,
Suporta tortura e dor,
Teu governo acendeu fogo
No coração do eleitor...

Pense bem neste cordel
Nas palavras que ele tece,
No sentido que ele guarda,
No brilho que se arrefece
No olhar do povo fiel
Que clama a Deus numa prece...

Teu governo irá tombar
E teus feitos de maldade,
Porque quem maltrata o povo
Com tortura e com maldade,
Não consegue suportar
A face da liberdade...

Caminho para encerrar
Meu protesto literário,
Minha forma de dizer
Que não luto solitário,
O verso tem seu lugar
Num governo reacionário...

Minha arma é a poesia,
Minha palavra cortante,
Meus versos sem vaidade
Tentam congelar o instante,
Mostrando que a hipocrisia
Não tem nada de elegante...

Escute meu triste canto,
"Quem avisa amigo é,"
Dê de volta ao professor,
Sua graça e sua fé,
Quem produz o desencanto
Termina junto à ralé...

CURSO DE TEATRO PARA PROFESSORES 
 I CURSO DE INICIAÇÃO TEATRAL 

Com o objetivo de valorizar, e dinamizar o trabalho dos profissionais do magistério, o SINTESE – Subsede Centro-Sul promove o 1º Curso de Iniciação teatral para os professores da Rede Municipal e Estadual filiados aos SINTESE. INSCRIÇÃO GRÁTIS A PARTIR DE 14/05 (apenas 30 vagas) 
Local: SINTESE - Subsede Centro-Sul (Largo do Cemitério, 102, Centro-Lagarto/SE). 
O curso será ministrado no auditório do SINTESE as quartas e sextas-feiras, das 14 às 16 horas durante os meses de junho e julho, perfazendo uma carga horária de 30 horas, com direito a certificado.
Os professores interessados e não filiados ao SINTESE são convidados à filiação e, consequentemente, à participação no curso. 
Maiores informações: (79) 3631 3647

Em Sergipe, 96% dos trabalhadores dizem “NÃO” ao Imposto Sindical 
Entre os dias 30 de março a 15 de maio, mais de 1.100 trabalhadores, de todos os cantos de Sergipe, se mobilizaram para o Plebiscito pelo fim do Imposto Sindical, organizado pela Central Única dos Trabalhadores. Com uma votação expressiva, professores, servidores públicos de varias categorias, trabalhadores da iniciativa privada mostraram que a luta pelo fim do imposto sindical tem de fundo um debate mais aprofundando, da própria concepção sindical que tem na base o direcionamento das suas ações, na orientação política e no financiamento da entidade. O fim deste tributo, que desconta um dia de salário por ano de todos/as trabalhadores/as que têm carteira assinada, é fundamental para a classe trabalhadora brasileira conquistar a liberdade e a autonomia sindicais, bandeiras históricas que fazem parte dos princípios de criação da Central. "Já fizemos várias lutas contra a cobrança. A diferença, este ano, é que a CUT decidiu consultar diretamente os maiores interessados para saber o que acham do imposto, indo às ruas, falando com os/as trabalhadores/as em locais de grande concentração, onde estivemos com a militância CUTista nas portas de fábricas, de centros de compras e em todos os locais de trabalho, e conseguimos pautar essa discussão, o nosso resultado é um símbolo disso", explicou Roberto. A professora Ivonia Ferreira, Secretária de finanças da CUT-SE e uma das responsáveis pelo Plebiscito no Estado, avalia como positiva a adesão dos trabalhadores à campanha promovida pela CUT. “Os trabalhadores entenderam que a Campanha pelo Fim do Imposto Sindical, promovida pela CUT, gira em torno do fortalecimento da organização dos trabalhadores e não da partilha dos trabalhadores. A disputa que vem existindo pelo Imposto Sindical vem gerando uma fragmentação no universo sindical. As reivindicações deixaram de ser pela defesa da classe trabalhadora e passaram a ser por questões meramente financeiras, criando sindicatos e centrais que se não originam pela defesa dos trabalhadores”, afirma Ivonia. Segundo o Ministério do Trabalho, em 2011 foi recolhido R$ 1,6 bilhão dos trabalhadores com o imposto. Pouco mais de R$ 115 milhões foram repassados às centrais. O resto é dividido entre sindicatos, federações e confederações e o Ministério do Trabalho. A proposta da CUT é trocar o imposto por uma contribuição voluntária, com valor votado em assembleia. Dessa forma, os próprios trabalhadores decidiriam com qual percentual a categoria iria empenhar para manter a estrutura sindical. Sem o dinheiro fácil do imposto, sindicatos que não têm nenhuma luta ou representatividade estão fadados a desaparecer ou dar lugar a diretorias comprometidas com as lutas de suas categorias. 
Resultado Plebiscito pelo Fim do Imposto Sindical em Sergipe: 
Brancos – 13 ............... 1,2% 
Nulos – 0 ..................... 0,0% 
SIM – 27 ..................... 2,4% 
NÃO – 1080 ............... 96,4% 
Total de Votantes: 1.120

Fonte: site da CUT Sergipe
Eu, o coronel em mim. Mando e desmando. Faço e desfaço 
Por José Cristian Gois  
 Foto: Eu, o coronel em mim

Está cada vez mais difícil manter uma aparência de que sou um homem democrático. Não sou assim, e, no fundo, todos vocês sabem disso. Eu mando e desmando. Faço e desfaço. Tudo de acordo com minha vontade. Não admito ser contrariado no meu querer. Sou inteligente, autoritário e vingativo. E daí?

No entanto, por conta de uma democracia de fachada, sou obrigado a manter também uma fachada do que não sou. Não suporto cheiro de povo, reivindicações e nem com versa de direitos. Por isso, agora, vocês estão sabendo o porquê apareço na mídia, às vezes, com cara meio enfezada: é essa tal obrigação de parecer democrático.

Minha fazenda cresceu demais. Deixou os limites da capital e ganhou o estado. Chegou muita gente e o controle fica mais difícil. Por isso, preciso manter minha autoridade. Sou eu quem tem o dinheiro, apesar de alguns pensarem que o dinheiro é público. Sou eu o patrão maior. Sou eu quem nomeia, quem demite. Sou eu quem contrata bajuladores, capangas, serviçais de todos os níveis e bobos da corte para todos os gostos.

Apesar desse poder divino sou obrigado a me submeter à eleições, um absurdo. Mas é outra fachada. Com tanto poder, com tanto dinheiro, com a mídia em minhas mãos e com meia dúzia de palavras modernas e bem arranjadas sobre democracia, não tem para ninguém. É só esperar o dia e esse povo todo contente e feliz vota em mim. Vota em que eu mando.

Ô povo ignorante! Dia desses fui contrariado porque alguns fizeram greve e invadiram uma parte da cozinha de uma das Casas Grande. Dizem que greve faz parte da democracia e eu teria que aceitar. Aceitar coisa nenhuma. Chamei um jagunço das leis, não por coincidência marido de minha irmã, e dei um pé na bunda desse povo.

Na polícia, mandei os cabras tirar de circulação pobres, pretos e gente que fala demais em direitos. Só quem tem direito sou eu. Então, é para apertar mais. É na chibata. Pode matar que eu garanto. O povo gosta. Na educação, quanto pior melhor. Para quê povo sabido? Na saúde...se morrer “é porque Deus quis”.

Às vezes sinto que alguns poucos escravos livres até pensam em me contrariar. Uma afronta. Ameaçam, fazem meninice, mas o medo é maior. Logo esquecem a raiva e as chibatadas. No fundo, eles sabem que eu tenho o poder e que faço o quero. Tenho nas mãos a lei, a justiça, a polícia e um bando cada vez maior de puxa-sacos.

O coronel de outros tempos ainda mora em mim e está mais vivo que nunca. Esse ser coronel que sou e que sempre fui é alimentado por esse povo contente e feliz que festeja na senzala a minha necessária existência.

Jornalista Cristian Goes
Está cada vez mais difícil manter uma aparência de que sou um homem democrático. Não sou assim, e, no fundo, todos vocês sabem disso. Eu mando e desmando. Faço e desfaço. Tudo de acordo com minha vontade. Não admito ser contrariado no meu querer. Sou inteligente, autoritário e vingativo. E daí? No entanto, por conta de uma democracia de fachada, sou obrigado a manter também uma fachada do que não sou. Não suporto cheiro de povo, reivindicações e nem com versa de direitos. Por isso, agora, vocês estão sabendo o porquê apareço na mídia, às vezes, com cara meio enfezada: é essa tal obrigação de parecer democrático. Minha fazenda cresceu demais. Deixou os limites da capital e ganhou o estado. Chegou muita gente e o controle fica mais difícil. Por isso, preciso manter minha autoridade. Sou eu quem tem o dinheiro, apesar de alguns pensarem que o dinheiro é público. Sou eu o patrão maior. Sou eu quem nomeia, quem demite. Sou eu quem contrata bajuladores, capangas, serviçais de todos os níveis e bobos da corte para todos os gostos. Apesar desse poder divino sou obrigado a me submeter à eleições, um absurdo. Mas é outra fachada. Com tanto poder, com tanto dinheiro, com a mídia em minhas mãos e com meia dúzia de palavras modernas e bem arranjadas sobre democracia, não tem para ninguém. É só esperar o dia e esse povo todo contente e feliz vota em mim. Vota em que eu mando. Ô povo ignorante! Dia desses fui contrariado porque alguns fizeram greve e invadiram uma parte da cozinha de uma das Casas Grande. Dizem que greve faz parte da democracia e eu teria que aceitar. Aceitar coisa nenhuma. Chamei um jagunço das leis, não por coincidência marido de minha irmã, e dei um pé na bunda desse povo. Na polícia, mandei os cabras tirar de circulação pobres, pretos e gente que fala demais em direitos. Só quem tem direito sou eu. Então, é para apertar mais. É na chibata. Pode matar que eu garanto. O povo gosta. Na educação, quanto pior melhor. Para quê povo sabido? Na saúde...se morrer “é porque Deus quis”. Às vezes sinto que alguns poucos escravos livres até pensam em me contrariar. Uma afronta. Ameaçam, fazem meninice, mas o medo é maior. Logo esquecem a raiva e as chibatadas. No fundo, eles sabem que eu tenho o poder e que faço o quero. Tenho nas mãos a lei, a justiça, a polícia e um bando cada vez maior de puxa-sacos. O coronel de outros tempos ainda mora em mim e está mais vivo que nunca. Esse ser coronel que sou e que sempre fui é alimentado por esse povo contente e feliz que festeja na senzala a minha necessária existência.

Culinária do Governo Déda versus alimentação das escolas estaduais de Sergipe
 
O ano de 2012 vem sendo emblemático para os servidores do Estado de Sergipe. Uma série de lutas das mais diversas categorias do Estado e o Governo Déda insistentemente afirmando que não tem dinheiro para atender as pautas de reinvidicações. O discurso de “terra arrasada” do Estado tem causado muita revolta daqueles que servem a população nas mais diversas áreas da administração pública estadual. Outra situação revoltante foi o início do ano letivo 2012 das escolas estaduais, onde a alimentação, quando tinha, se resumia a biscoito de água e sal e broa de milho com água ou achocolatado. Entretanto, o que causou revolta, mesmo, foi quando nos deparamos com uma relação de gêneros alimentícios publicados no diário oficial do Estado de Sergipe no dia 30 de maio de 2012 páginas 07 a 11 e comprados pela SEPLAG – Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão para consumo do governo do Estado. O jornal não especifica para quem se destina os alimentos, mas, com certeza, não será para alimentação escolar dos alunos das escolas estaduais. O contrato entre o Governo do Estado através da SEPLAG com a empresa EC-Comércio de hortifrutigranjeirãos LTDA no valor de R$ 652.498,31 apenas informa que a empresa deve entregar os produtos em conformidade com solicitação dos órgãos participantes do Estado de Sergipe. Mas fica nosso questionamento: quem terá o privilégio de comer os alimentos? O governo Déda, supostamente, não tem dinheiro para valorizar os servidores, nem garantir uma alimentação de 1ª qualidade nas escolas, mas para o governador e seus assessores têm dinheiro para comprar alimentos que grande parte da população sergipana não conhece nem sua existência e com preços assustadores para os servidores do Estado que não recebem piso salarial e muitos nem mesmo o salário mínimo.
Vejamos:
• Alho póro de 1ª qualidade – R$ 4,20 a unidade;
• Aspargos fresco de 1ª qualidade – R$ 20,00 o quilo;
• Endivias frescas de 1ª qualidade – R$ 20,00 o quilo;
• Nozes – R$ 80,00 o quilo;
• Pimenta de 1ª qualidade tipo biquinho – 6,78 a unidade;
• Uva Niágara de 1ª qualidade – 6,55 o quilo;
• Uva Thompson de 1ª qualidade – 6,54 o quilo;
• Blaquet de peru cozido fatiado de 1ª qualidade – 24,00 o quilo;
• Presunto Parma – R$ 89,00 o quilo;
• Queijo de búfalo de 1ª qualidade tipo bolinha – R$ 23,20 o quilo;
• Queijo tipo Brie de 1ª qualidade – 59,90 o quilo;
• Queijo tipo Gorgonzola de 1ª qualidade – 54,00 o quilo;
• Queijo Parma Dona tipo faixa azul – R$ 85,00 o quilo;
• Queijo Parma Dona tipo faixa vermelha – R$ 84,99 o quilo;
• Ricota fresca de 1ª qualidade – 16,00 o quilo;
• Alcaparras de 1ª qualidade – 6,50 a unidade;
• Páprica vermelha em pó picante de 1ª qualidade – 7,39 a unidade;
Para completar a lista, não podia falta um bom vinho para uso culinário. A SEPLAG comprou no pacote 12 caixas de vinho branco seco e 24 caixas de vinho tinto seco, marca Almaden. As caixas são no valor de R$ 120,00 cada. Portanto, o discurso que não tem dinheiro deveria ficar claro que é apenas para não valorizar os servidores. A relação completa dos alimentos pagos com dinheiro público para o Governador e seus assessores se deliciar nos banquetes oficiais pode ser acessada no site da SEGRASE em: www.segrase.se.gov.br. Você ficará tão revoltado quando eu quando li o listão no valor de R$ 652.498,31 quando dividido por 48 semanas (ano) significa que o Governo Déda está gastando nesse pregão uma feira média semanal de R$ 13.593,71, mas não pode pagar o piso salarial de professores no valor de R$ 1.451,00. É revoltante! 

Postado por Roberto Silva Santos
Nota da Deputada Ana Lúcia à sociedade sergipana sobre declarações do Governador Déda
Na impossibilidade, por problemas de saúde, de fazer esse debate de forma pessoal e direta, como sempre fiz, venho me dirigir à sociedade sergipana, de forma fraterna e honesta, para defender as minhas posições diante do que vem sendo colocado por parte da imprensa e pelo governador Marcelo Déda, do meu partido, o PT, a respeito do meu pronunciamento na Assembleia Legislativa, do dia 28/5, em defesa dos professores sergipanos, meus colegas de profissão, de vida e de lutas. Reitero que em momento algum do meu discurso busquei atingir a honra ou a pessoa de Marcelo Déda, mas sim, fiz uma crítica com linguagem política e ideológica – jamais de xingamento, porque esta não é, e nem nunca foi a minha prática –, ao seu governo e ao modo como estão sendo tratados os professores. E governos, pelo que entendo, são impessoais. Para os que querem distorcer as minhas palavras, sugiro ouvir o áudio do meu pronunciamento, que está disponível no site da Assembleia Legislativa de Sergipe. Não posso deixar de me indignar com a posição do meu governo e do governador de insistir no descumprimento do pagamento do piso a todos os professores e de buscar jogar a população contra a categoria. Não é esse o papel de um estadista ou de um governo progressista. É importante que a sociedade saiba que as posições nacionais do PT relativas à Educação e ao Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério são as mesmas que defendo, porque sou partidária e, portanto, estou caminhando em conformidade com o que defende o meu partido. As resoluções congressuais do PT são deliberações que pautam os rumos do partido seja em que instância for. Portanto, o companheiro Marcelo Déda deveria ler melhor as resoluções do 4º Congresso Nacional do PT. Nelas se lê que: “O PT deve se empenhar para aprovação de um Plano Nacional de Educação (PNE) que responda aos anseios, esperanças e necessidades da sociedade brasileira com universalização e ampliação do atendimento escolar da creche à pós graduação; valorização social dos profissionais da educação com piso salarial, carreira e formação; (...). Parte integrante desse processo é a consolidação, ao nível dos estados e municípios, do pagamento integral do Piso Salarial Nacional aos trabalhadores e trabalhadoras da educação. Para tanto, o PT deve envidar todos os esforços na implementação da lei específica, considerada constitucional pelo STF.” Como também que “O PT reafirma sua disposição de diálogo com a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), com o movimento sindical, em particular com a Central Única dos Trabalhadores, (...).” São resoluções do nosso partido. E não estamos vendo-as serem respeitadas em Sergipe. Neste momento, é muito mais fácil buscar direcionar o debate para uma questão pessoal entre mim e o governador, como tentam plantar na imprensa, para desviar o foco do debate mais importante e central, que é a luta dos professores pelo cumprimento da Lei do Piso e a superação do impasse que se estabeleceu e da greve, que já supera os 48 dias. Desviar esse foco é o que mais interessa hoje ao governo, mas não à sociedade, que espera uma solução para o conflito, que penaliza alunos, mas também professores, pois são estes que terão que repor todas as aulas para fechar o ano letivo. E se a greve se estende, isso não pode ser creditado apenas aos professores, que lutam por um direito conquistado com muita luta e referendado pelo Supremo Tribunal Federal, além de legitimado pela sociedade. Assim, cabe à sociedade perguntar que esforço tem feito o governador para superar essa greve? Nenhum. Prefere manter a sua postura intransigente em lugar de dialogar com a categoria e apresentar alguma proposta que traga avanço. Por fim, reforço que sempre pautei a minha vida na luta pelo direito dos trabalhadores, em especial dos meus queridos professores, e não é por estar diante de um governo do meu partido que arrefecerei desta luta, como muitos já o fizeram, para atender a interesses pessoais. Não sou desse tipo de político. Sempre fui muito honesta, leal e franca com as pessoas. E assim me manterei. Neste sentido, reitero o meu apelo para que o governador Marcelo Déda, como um estadista, abra canal de diálogo com o magistério e com o nosso sindicato, o SINTESE, com vistas ao pagamento do piso a todos os professores e à superação do impasse que se estabeleceu, para que professores e alunos voltem às suas atividades normais e que trabalhadores da educação e governo voltem a ter uma agenda comum e construtiva. Agradeço pelos vários apoios que tenho recebido. Vou continuar na luta pela educação pública de qualidade com valorização do magistério. Sempre! Ana Lúcia Vieira Menezes Professora e Deputada Estadual – PT Aracaju (SE), 04 de junho de 2012.

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